Pelo vasto cabelo que cobre os meus olhos, o vento continua a me provocar.
De súbito, balanço a bela cabeleira , entregando os pontos ao vento que insiste em me espalhar.
Procuro na bolsa, para ver se encontro, alguma presilha , mas inútil de bolsa, que de tão grande, não serve pra nada, a não ser o grande peso que em meu ombro já começa a pender e me cansar…
E o vento continua, apressando as minhas costas, que já não aguentam mais, de tantas espalmadas e solavancos, que em questão de segundos, tortura esta breve e ansiosa figura, que nada entende das provocações tão naturais…
E meus passos continuam, apressados, na vontade em querer arrumar os cabelos e andar mais depressa, a fim de logo chegar.
Mas que nada, o vento continua o seu trajeto, voltando na marcha ré, desviando os meus olhos, às tantas imagens, que desfilam , enquanto ele me embrutece , estremece e enrijece esse meu caminhar…
O seu assobio inunda, os meus ouvidos, forçando o seu som que só quer me inspirar , e eu , de tão inconformada , não encontro a dita presilha.
Perdi belas imagens , talvez olhares profundos, na troca que geram o melhor estar.
Os instantes tão preciosos que perdem-se, na insignificância de detalhes…
Quando os ventos da mudança sopram no caminhar, mas, de tão oprimida, abatida e perdida, eu nada entendi…
Levantei mil barreiras ao invés de construir ao vento, a melhor mudança ou talvez um moinho , neste tão simples caminhar…
Mili